“Você continua a história da criança, você grita-a. Você diz que não sabe toda a história da criança, de você. Você diz que ouviu contar essa história. Ela sorri, ela diz que ouviu-a e leu também muitas vezes essa história, em todas os lugares, em muitos livros. Você pergunta como o sentimento de amar poderia sobrevir. Ela lhe responde: Talvez de uma falha súbita na lógica do universo.” (A Doença da Morte, Marguerite Duras – Tradução Jorge Bastos)
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“A paciente, cuja repressão sexual naturalmente ainda não foi removida, mas simplesmente empurrada para segundo plano, sentir-se-á então segura o bastante para permitir que todas as suas precondições para amar, todas as fantasias que surgem de seus desejos sexuais, todas as características pormenorizadas de seu estado amoroso venham à luz. A partir destas, ela própria abrirá o caminho para as raízes infantis de seu amor.
O amor transferencial possui talvez um grau menor de liberdade do que o amor que aparece na vida comum e é chamado de normal; ele exibe sua dependência do padrão infantil mais claramente e é menos adaptável e capaz de modificação; mas isso é tudo, e não o que é essencial.” Freud em Observações Sobre Amor Transferencial.
Através da transferência (engaste em um significante do analista - deslocamento) o paciente conquista o legado herdado dos pais, resignificando as marcas deixadas pela função materna e pela função paterna.
O que somos é, portanto, nossas relações amorosas, e o amor, ora, o amor é uma “falha súbita na lógica do universo”.
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1 commento:
uauu.....blog de cara nova...ta lindo!
gosto mais assim!
beijinhos
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