Freud reconhecia que os grandes escritores em suas obras demonstravam saber da existência do inconsciente antes mesmo que próprio Freud desse um enfoque científico a ele.
Podemos estender esse “saber” aos grandes diretores de cinema e dramaturgos.
A sensibilidade intuitiva de certos artistas faz com que os mesmos entrem em contato com fantasias inconscientes universais, as quais se tornam o “conteúdo latente” de suas obras, que representariam o conteúdo manifesto.
Entretanto, nem sempre a arte e a psicanálise estiveram de acordo. Podemos perceber, ao analisarmos o momento histórico Psicanálise e Surrealismo, que apesar dos surrealistas (principalmente no Manifesto do Surrealismo, de André Breton) desejarem justificar suas criações estéticas através da potência criadora do inconsciente, Freud sempre deixou clara sua antipatia pela Arte Moderna, preferindo as obras clássicas como de Leonardo da Vinci ou Michelangelo.
Freud chegou a declarar em função de uma obra de Salvador Dalí (Metamorfose de Narciso): “Nas pinturas clássicas procuro o inconsciente – em uma pintura surrealista, o consciente.”
O mesmo chega a estabelecer um parentesco entre a psiconeurose e a criação artística, na medida que o artista daria forma, em suas obras, às suas fantasias narcísicas e eróticas.Apesar disso, o surrealismo tem em sua base a psicanálise, ainda que tomada de forma mítica ou poética, destituindo Freud, o pai, para retomá-lo em uma versão própria e necessariamente ficcional, à maneira do que faria o poeta no mito de Totem e Tabu.
A partir disso, notamos uma grande influência da arte moderna, principalmente surrealismo e dadaísmo, nos autores pós-freudianos como Jacques Lacan.
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1 commento:
Muito interessante o texto. O meu pintor preferido é Van Gogh mas tem muitos outros que também gosto. Acho legal quando reconhecemos o autor por seus traços, cores e detalhes, isso me fascina.
Beijinhos e ótimas férias.
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